Os sintomas podem manifestar-se de diversas maneiras, tendo alguns, um maior destaque do que outros:
Sintomas psicológicos: incluem uma sensação intensa de medo e apreensão, que podem ser acompanhados por inquietação, foco excessivo na fonte de medo, preocupações persistentes, um estado de alerta constante e dificuldade para adormecer, além de irritabilidade, que leva à facilidade em se irritar.
Sintomas físicos: Podem envolver tensão muscular, tremores, respiração acelerada e, devido à hiperventilação, podem ocorrer tonturas e formigamentos. Outros sinais físicos incluem aumento da frequência cardíaca, sudorese excessiva, boca seca e uma vontade repentina de urinar ou defecar.
Sintomas comportamentais: caracterizam-se pelo evitamento de situações ou estímulos associados ao perigo, gerando uma ansiedade intensa tanto na aproximação desses momentos quanto ao simples fato de pensar neles. Por exemplo, o pensamento em viajar de avião pode causar grande ansiedade, ou uma pessoa com fobia de alturas pode evitar edifícios altos e pontes.da ansiedade?
Nota: Como dito anteriormente, os sintomas podem variar de indivíduo para indivíduo, portanto os sinais apresentados aqui são apenas alguns exemplos dos mais comuns.
Sim, há. Um transtorno de ansiedade que não recebe tratamento e se prolonga pode, devido ao seu impacto na vida da pessoa, levar ao desenvolvimento de um transtorno depressivo. Muitas pessoas com depressão também podem experimentar episódios de pânico ou crises de ansiedade.
As causas podem ser diversas:
1. Genéticas: Algumas pessoas podem ter uma predisposição à ansiedade, sugerindo que há um componente genético que contribui para essa condição, conforme indicado por estudos científicos.
2. Psicológicas: Existem pessoas que, ao perceberem os sintomas físicos da ansiedade, acabam acreditando que estão enfrentando uma grave doença. Essa preocupação excessiva pode intensificar os sintomas, criando um ciclo vicioso de ansiedade e medo.
3. Trauma: Eventos profundamente perturbadores ou ameaçadores podem gerar ansiedade que persistem longamente após o ocorrido. Isso inclui experiências de risco de vida, como acidentes, assaltos ou incêndios. Também pode resultar de negligência ou abuso durante a infância, bem como da violência ou tortura em qualquer fase da vida, contribuindo para a manifestação de transtorno de estresse pós-traumático.
4. Substâncias: O uso de drogas ilícitas, como cannabis, anfetaminas, LSD ou ecstasy, pode induzir crises de ansiedade. Até mesmo o consumo excessivo de cafeína pode provocar sensações de ansiedade desconfortável em algumas pessoas.
5. Problemas de saúde mental: A ansiedade intensa pode estar interligada a diversas questões de saúde mental.
6. Condições físicas: Certas condições médicas, como distúrbios da tireoide, ou tratamentos que envolvem o uso de corticosteroides, podem aumentar a sensação de ansiedade.
Além disso, em muitos casos, as razões para a ansiedade podem não ser tão evidentes, resultando de uma combinação de fatores como traços de personalidade, experiências significativas ou grandes mudanças na vida.
Os transtornos de ansiedade que não são tratados podem resultar em dificuldades para realizar atividades cotidianas, comprometer o trabalho e aumentar o risco de abuso de álcool, drogas ou comportamentos obsessivos além de estar associados a evolução de outros problemas de saúde mental. Sendo assim, se você notar que a ansiedade está afetando suas atividades diárias, sejam elas simples ou complexas, é importante buscar ajuda profissional para que possa realizar uma avaliação psicológica.
Existem vários tipos de tratamentos, com inúmeras abordagens dentre eles os principais são:
Psicoterapia: Este é um método terapêutico que pode ajudá-lo a entender como certos padrões de pensamento e comportamento podem contribuir para o desencadeamento ou agravamento da ansiedade. A abordagem mais estudada e considerada eficaz é a psicoterapia cognitiva-comportamental, a qual pode ser explorada através de técnicas de relaxamento, mindfulness dentre outras e pode ser realizada online ou presencialmente, tanto em grupos como de forma individual. Normalmente, as sessões ocorrem semanalmente ao longo de várias semanas ou meses, dependendo da complexidade de cada caso.
Medicação: Pode ser um recurso importante no tratamento de distúrbios de ansiedade de moderados a severos. Os ansiolíticos mais frequentes são as benzodiazepinas, que são muito eficazes na redução da ansiedade, mas que podem levar à dependência se utilizadas regularmente por mais de quatro semanas. Ao interromper o uso, podem surgir sintomas de abstinência desagradáveis que podem perdurar por um período. Por isso, esses medicamentos são recomendados por psiquiatras para uso a curto prazo, geralmente por até duas semanas, para oferecer suporte em momentos de crise.